quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

2ª Lei de Mendel


1ª Lei de Mendel


Diibridismo


As 3 Leis

Antes de conhecer as leis, é preciso saber um pouco do experimento realizado por Mendel: a escolha da ervilha foi proposital e bem planejada, já que esta planta do mesmo grupo do feijão e da soja é fácil de cultivar, tem um ciclo reprodutivo curto e produz muitas sementes. Assim, ele teria um bom material a ser trabalhado e de forma rápida. Mendel observou as ervilhas e como se diferenciavam por um tempo e depois passou a interferir na sua reprodução, para chegar às conclusões das “suas” leis.
Primeira lei de Mendel: Lei da Segregação ou Lei da Pureza dos Gametas
A primeira lei afirma que os fatores hereditários ou genes constituem unidades que são passadas de geração para geração sem alterações. Diz que quando há um cruzamento (com linhagens puras), uma unidade se manifesta na geração e outra não. Esta que não se manifesta é denominada gene recessivo e só torna a aparecer na segunda geração. Também foi observado que o gene dominante ocorre em três quartos dos descendentes, enquanto o gene recessivo ocorre em apenas um quarto.

Segunda lei de Mendel: Lei da Segregação Independente dos Genes

Esta segunda lei afirma que em indivíduos de linhagens puras, mas com uma unidade diferente (como a cor das ervilhas e sua textura, por exemplo), os genes distribuem-se (separam-se) independentemente para os gametas, assim, retornam combinando-se aleatoriamente, ao acaso, formando todas as combinações possíveis.

Terceira lei de Mendel: Lei da Distribuição Independente

A terceira e última lei de Mendel trabalha a dominância, afirmando que os seres híbridos (aqueles que são resultados do cruzamento entre os seres que possuem dominantes e recessivos) possuem um gene dominante que irá encobrir em partes o gene recessivo. Isso significa que os seres híbridos devem apresentar as características de dominância.

Afinal, o que são as Leis de Mendel?

Após a grande teoria de Darwin  sobre a seleção natural, veio a dúvida sobre as características pessoais: se eram, como ele dizia, realmente passadas dos pais para os filhos em medidas iguais, como uma mistura com ingredientes “igualados”. Contudo, William Bateson e Hugo de Vries provaram que as espécies não evoluíam de forma mecânica e igualada, mas por meio de “mutações”, o que derrubava a teoria de Darwin.
Com a teoria de Darwin derrubada, veio a descoberta dos estudos de Mendel. Inicialmente, não pareciam grande coisa, mas os experimentos com a ervilha se revelaram surpreendentes e esclarecedores. A partir destes experimentos, foram desenvolvidas as Leis de Mendel, que tratam de genes e do “comportamento” deles na evolução das espécies.

Experiências de Mendel

Planta escolhida: ervilheira de jardim (Pisum sativum).

Características que a tornaram num material preferencial de estudo:
· facilidade de cultivo;
         · elevado número de descendentes;
         · disponibilidade de variedades com características diferentes;
         · corola cuja estrutura possibilita o controlo da polinização

        Mecanismos de controle da experiência:
       · Corola com pétalas a recobrir os órgãos reprodutores;
       · Remoção dos estames, de forma a evitar a autopolinização;

Características estudadas:
       · Sementes lisas/rugosas
       · Sementes amarelas/verdes
       · Flores púrpuras/brancas
       · Vagens lisas/rugosas
       · Vagens amarelas/verdes
       · Flores axiais/terminais
       · Caule alto/anão







   Monoibridismo
        I.  Geração Parental: recorrendo a cruzamentos sucessivos (por autopolinização) e a selecções, Mendel isolou cada uma das suas linhagens de indivíduos puros.
       II. Descendência: As plantas resultantes da germinação das sementes da geração parental constituíram a primeira geração filial (F1). Em alguns casos foi permitida a autopolinização das plantas da geração F1, produzindo-se, assim, uma segunda geração filial (F2).
        III. Resultados:
       Geração parental: 100% homozigótica (AA e aa)
       Geração F1: 100% heterozigótica (Aa).
       Geração F2: 25% homozigótica dominante (AA)
                      50% heterozigótica (Aa)
                      25% homozigótica recessiva.









Diibridismo
I. Objetivo: tentar compreender os processos de transmissão genética de dois ou mais caracteres em simultâneo, através da constatação se os alelos (factores) de genes (características) diferentes sofrem um fenômeno de segregação semelhante aos alelos de um mesmo gene, ou se eles se mantêm associados durante a formação dos gâmetas.
II. Hipóteses:
·  As características mantêm-se associadas (segregação dependente): as plantas de F1 deveriam produzir dois tipos de gâmetas e a geração F2, resultante da autopolinização de F1, deveria apresentar uma proporção fenotípica 3:1.
· A segregação de alelos (factores) de genes (características) diferentes é independente: há a produção de quatro tipos de gâmetas (SY, Sy, sy, e sY) em proporções idênticas. Quando combinados aleatoriamente produzem uma geração F2 contendo nove genótipos e quatro fenótipos diferentes.
III. Resultados:
Geração Parental: 100% homozigótica para ambas as características (SSYY, ssyy).
Geração F1: 100% heterozigótica para as duas características (SsYy)
Geração F2: 9/16 fenótipo dominante para as duas características (SSYY)
                  3/16 fenótipo recessivo para uma, dominante para outra (ssYy; ssYY)
                  3/16 fenótipo dominante para uma, recessivo para outra (Ssyy; SSyy)
                  1/6 homozigótica recessiva para as duas características (ssyy)




Gregor Mendel

Foi Mendel que iniciou a magnífica descoberta da genética e da hereditariedade.Vamos, então, saber um pouco mais sobre ele:

Gregor Johann Mendel nasceu a 20 de Julho de 1822 e faleceu a 6 de Janeiro de 1884.  Foi um monge agostiniano, botânico e meteorologista austríaco, vindo de uma família de humildes camponeses. Na sua infância revelou-se muito inteligente; em casa costumava observar e estudar as plantas. Sendo um brilhante estudante a sua família encorajou-o a seguir estudos superiores, e mais tarde, aos 21 anos, a entrar num mosteiro da Ordem de Santo Agostinho, em 1843, pois não tinham dinheiro para suportar o custo dos estudos.Tornou-se professor de Ciências Naturais na Escola Superior, dedicando-se ao estudo do cruzamento de muitas espécies: feijões, chicória, bocas-de-dragão, plantas frutíferas, abelhas e ervilhas (cultivadas na horta do mosteiro, onde as analisou, durante cerca de sete anos).

Gregor Mendel, "o pai da genética", como é conhecido, foi inspirado tanto pelos professores como pelos colegas do mosteiro que o pressionaram a estudar a variação do aspecto das plantas. Propôs que a existência de características (tais como a cor) das flores é devido à existência de um par de unidades elementares de hereditariedade – factores - agora conhecidos como genes.

Após 1868, as tarefas administrativas mantiveram-no tão ocupado que não pôde dar continuidade às suas pesquisas, vivendo o resto da sua vida em relativa obscuridade.Mendel foi um homem à frente do seu tempo, mas ignorado durante toda a sua vida.

História da Genética

Em 1864, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras, mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples. Embora nem todas as características mostrem estes padrões de hereditariedade mendeliana, o trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade.
A partir da sua análise estatística, Mendel definiu o conceito de alelo como sendo a unidade fundamental da hereditariedade. O termo "alelo" tal como Mendel o utilizou, expressa a ideia de "gene", enquanto, nos nossos dias, ele é utilizado para especificar uma variante de um gene.
Só depois da morte de Mendel é que o seu trabalho foi redescoberto, entendido e lhe foi dado o devido valor por cientistas que então trabalhavam em problemas similares.
Mendel não tinha conhecimento da natureza física dos genes. O trabalho de Watson e Crick, em 1953, mostrou que a base física da informação genética eram os ácidos nucleicos, especificamente o DNA.
Mendel teve sucesso onde vários experimentadores falharam. Esse fracasso foi devido ao facto de tentarem entender a herança em bloco, isto é, considerando todas as características do indivíduo ao mesmo tempo, contrariamente a Mendel que estudava uma característica de cada vez. Apenas quando compreendia o mecanismo de transmissão de certa característica é que se dedicava a outra.
O sucesso de Mendel deveu-se também a algumas particularidades do método que usava: a escolha do material, a escolha de características constantes e o tratamento dos resultados. Além de ter escolhido ervilhas para efetuar as suas experiências (espécie que possui ciclo de vida curto, onde as suas flores são hermafroditas - o que permite a auto-fecundação), o método empregado na organização das suas experiências eram associados à aplicação da estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.

Atualmente, a genética é das ciências mais desenvolvidas e importantes no conhecimento do Mundo e do seu patrimônio – as pessoas.

A Genética

A Genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. É o ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. 
Já na pré-história, os humanos utilizavam conhecimentos de genética através da domesticação e do cruzamento seletivo de animais e plantas.Atualmente, a genética proporciona ferramentas importantes para a investigação das funções dos genes, isto é, a análise das interações genéticas.

No interior dos organismos, a informação genética está normalmente contida nos cromossomas. Os genes, em geral, codificam a informação necessária para a síntese de proteínas e as proteínas, por sua vez, podem atuar como enzimas (catalisadores) ou apenas estruturalmente, estas funções são, diretamente, responsáveis pelo fenótipo final de um organismo.